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quarta-feira, 10 de abril de 2013

RAIVA-ATAQUE DE FURIA




Saúde
02/07/2012 18:52

Por falta de remédio na rede pública, menino tem ataque de fúria em escola

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Eliane Souza
Eliane Souza


Um adolescente de 12 anos teve um ataque nervoso, no final da tarde desta segunda-feira, 2 de julho, durante o intervalo. O fato aconteceu na Escola Estadual Célia Maria Naglis no bairro Moreninha 3.
O ataque de fúria do menino foi durante o intervalo, inclusive ele agrediu fisicamente dois colegas que estudam na mesma escola. A informação é que ele toma medicamento controlado fornecido pela rede pública, porém há aproximadamente quatro dias não está tomando por estar em falta.
A reportagem apurou que o avô do menino foi chamado à escola durante o ataque de nervoso e ele mesmo revelou que o medicamento não estava sendo ministrado para garoto. Além disso, esta seria terceira vez que acontece o mesmo tipo de episódio e pelo mesmo motivo.
Segundo informações de uma funcionária, que não será identificada, o menino estuda no 4° ano da escola e é tido como excelente aluno. Sobre o comportamento dele em sala de aula foi resumido como exemplar.
Militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para atender a ocorrência e conter o menino, que foi conduzido para atendimento médico. Não foi revelado se ele se feriu durante a agitação dentro da escola.
A reportagem tentou localizar o diretor da instituição de ensino, mas ele estava ausente no momento.

raiva

Chiliques e acessos de raiva são como chuva de verão -- repentina e, às vezes, violenta. Num minuto você e seu filho estão jantando tranquilamente, e no seguinte ele está chorando, esperneando e gritando porque o canudo do suco não é da cor que ele queria. Crianças entre 1 e 3 anos são especialmente propensas a ter esses "ataques".

Não há por que achar que você está criando um pequeno tirano -- nessa idade, é pouco provável que seu filho esteja tentando ser manipulador. Provavelmente ele está tendo um "surto" por causa de uma frustração, que ele não consegue expressar bem com palavras, porque ainda é muito novinho.

Faça de tudo para não perder a calma você também

Respire fundo. Claro que os ataques de birra dos pequenos não são uma coisa bonita de se ver. Além de chutar, gritar ou socar o chão, seu filho pode jogar coisas, bater ou prender a respiração até ficar roxo. Nessa hora, ele não escutará nenhuma "voz da razão".

Uma tática que pode funcionar é ficar perto do seu filho durante o chilique. Sair da sala ou do quarto e deixá-lo sozinho -- por mais tentador que seja -- pode fazê-lo se sentir abandonado. A tempestade de emoções que tomou conta da criança pode ser assustadora para ela, e ela gostará de saber que há alguém por perto.

Alguns especialistas recomendam carregar a criança no colo, se possível, e dizer-lhe que o abraço é gostoso. Mas outros dizem que é melhor ignorar o chilique até a criança se acalmar, em vez de "recompensar" o comportamento negativo. Você acabará descobrindo o que é melhor para seu filho por meio de tentativa e erro.

Mas, por mais que o chilique dure, não ceda a demandas pouco razoáveis. Bem que dá vontade de fazer isso, para acabar logo com o escândalo, ainda mais quando se está em público. Tente não se preocupar com o que os outros pensam: todo pai e mãe já passaram por isso. Se você ceder, só vai ensinar ao seu filho que espernear é um bom jeito de conseguir o que quer.

Além disso, seu filho já está assustado por estar fora de controle, e a última coisa que ele precisa é sentir que você também está sem controle.

Se a birra aumentar a ponto de ele bater nas pessoas ou nos animais de estimação, jogar coisas ou gritar sem parar, leve-o até um lugar seguro, como o quarto. Explique por que ele está lá ("Você bateu na tia Maria") e deixe-o saber que você ficará com ele até ele parar.

Em um lugar público, prepare-se para ir embora com seu filho até ele se acalmar. Se ele começar a espernear porque o espaguete veio com pedaços de tomate, por exemplo, leve-o para fora do restaurante até ele se acalmar.

Quando a tempestade passar, converse com seu filho sobre o que aconteceu. Diga que você entendeu a frustração dele, e ajude-o a colocar os sentimentos em palavras, dizendo algo como: "Você estava muito bravo porque sua comida não era como você queria".

Deixe-o perceber que, se ele usar palavras para se expressar, vai conseguir resultados melhores. Diga, por exemplo, com um sorriso: "Desculpe por não ter entendido. Agora que você não está mais gritando, consigo saber o que você quer".

Evite situações que favoreçam os ataques de birra

Tente evitar situações que possam levar seu filho a ter um chilique. Por exemplo, se ele é do tipo que fica muito mal-humorado quando está com fome, carregue pequenos lanches. Se ele tem problemas na transição de uma atividade para outra, avise-o com antecedência.

Alerte-o de que vocês estão prestes a jantar ("Nós vamos comer quando você e papai terminarem de ler essa história"), o que lhe dará chance de se preparar.

Nessa fase, seu filho também está às voltas com a independência, então lhe dê a chance de fazer escolhas sempre que possível. Ninguém gosta de receber ordens a todo instante.

Perguntar se ela quer cenoura ou milho, em vez de simplesmente mandá-la comer milho, dá à criança uma sensação de controle da situação. Fique de olho na frequência dos seus "nãos" para ela. Se isso virou rotina, você provavelmente está criando um estresse desnecessário para vocês dois. Tente relaxar um pouco. Pense bem antes de entrar num impasse.

Será que realmente vai atrapalhar muito ficar mais cinco minutos no parquinho? E será que alguém realmente se importa se seu filho quiser usar meias de cores diferentes?

Fique de olho em sinais de estresse

Embora ataques e chiliques diários sejam normais quando a criança tem entre 1 e 3 anos, você precisa ficar de olho em possíveis problemas. Pense se houve algum problema sério na família, uma fase de muita correria na vida de todos, se há tensão entre a mamãe e o papai. Tudo isso pode causar esse tipo de comportamento.

Se seu filho tem mais de 2 anos e meio e continua tendo altos ataques de birra todos os dias, converse com o pediatra. Se a criança for mais nova, mas tiver de três a quatro ataques por dia e não cooperar em nenhuma das atividades diárias, como se vestir ou guardar os brinquedos, também pode ser o caso procurar outro tipo de ajuda.

O pediatra pode verificar se há algum problema físico ou psicológico mais sério e sugerir maneiras de lidar com a situação. Também converse com ele se seu filho fica prendendo a respiração de propósito até ficar roxo (há algumas crianças que chegam a desmaiar), o que pode ser bem assustador. Há algumas indicações científicas de que esse comportamento pode estar ligado à deficiência de ferro.




O ataque de fúria acontece em três estruturas distintas do cérebro. No primeiro round, a irritação se inicia no sistema límbico, região que exerce forte influência no nosso comportamento. No começo, ela se mostra na forma de estado inconsciente. A segunda batalha fisiológica ocorre quando o sistema límbico envia sinais ao hipotálamo, área que tem uma estreita ligação com a hipófise, glândula que controla os níveis de hormônios que serão lançados na corrente sanguínea.
Nesse instante, ao experimentarmos a emoção de uma raiva intensa, nosso corpo se prepara para reagir. Uma das primeiras providências é liberar hormônios, como a adrenalina e noradrenalina, que elevam a pressão arterial e a freqüência cardíaca, aumentando a irrigação dos órgãos. Por fim, entra em jogo uma terceira estrutura, o córtex, situado na parte mais externa e frontal do cérebro. A sensação desconfortável e dolorosa vinda dos dois outros sistemas depois de tornada consciente, será analisada. Assim, a pessoa tem tempo e condições de adequar sua resposta ao tamanho da causa que provocou a irritação. Se o fato for grave, daí, sim, conscientemente você poderá reagir à altura. Caso contrário, é melhor respirar fundo e se acalmar.

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