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sábado, 5 de outubro de 2013

Como o governo administra nosso dinheiro

Existem problemas na aplicação dos recursos públicos no Brasil que reduzem a eficiência do gasto.Gestão
Nas empresas privadas, a gestão é pautada por metas e o desempenho é medido o tempo todo. O mérito é o critério usado para selecionar e promover funcionários. No setor público, essa cultura está menos enraizada. Só no governo federal existem mais de 20 mil cargos de confiança, para os quais não há uma seleção transparente. São poucos os governos que estabelecem metas e a promoção por mérito. Estimativas da Fundação Getulio Vargas apontam que o salário médio no setor público federal é o dobro do praticado no setor privado.
Gasto corrente
Há anos o gasto corrente do governo, aquele que paga as contas da manutenção dos serviços públicos, vem crescendo acima do que o resto da economia. O gasto com pessoal do governo federal, por exemplo, pulou de R$ 89 bilhões em 2004 para R$ 170 bilhões neste ano - ou seja, quase dobrou em seis anos. Ao mesmo tempo, os investimentos do setor público, sem contar as empresas estatais, ainda são baixos, pouco mais de 1% do PIB, ou R$ 40 bilhões.
Corrupção
Corrupção é o uso do poder público para benefício privado. Na prática, ela leva ao desvio de recursos públicos, direta ou indiretamente, para um pequeno grupo de pessoas, com duas consequências: serviços públicos de má qualidade, ou mais impostos para pagar as contas do governo.
Em um ranking sobre corrupção feito pela ONG Transparência Internacional com 178 países e que dá notas de 0 a 10 (sendo 10 o menos corrupto), o Brasil recebeu a nota 3,7, ficando na posição 69. Os primeiros colocados na lista são a Noruega, Nova Zelândia e Singapura, com nota 9,3.
Burocracia
A administração pública, além de cobrar impostos e taxas, é responsável por regular os mercados. E no Brasil isso é feito com muita burocracia. A combinação de alta carga tributária e burocracia faz com que o ambiente de negócios no país fique longe do ideal. No relatório "Doing Business" do Banco Mundial, que avalia as condições que as empresas enfrentam para tocar seus negócios, o Brasil ocupa a posição 129 em um ranking de 183 países, bem atrás das nações desenvolvidas.

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