Um bandido que ficou na história
A semana que terminou ontem marcou o Dia dos Advogados (11 de agosto, quando a famosa "turma da pendura" aplica das suas em todo o Brasil, ao tentar comer e beber de graça nos melhores restaurantes que encontra pela frente), marcando também...
A semana que terminou ontem marcou o Dia dos Advogados (11 de agosto, quando a famosa "turma da pendura" aplica das suas em todo o Brasil, ao tentar comer e beber de graça nos melhores restaurantes que encontra pela frente), marcando também o 24º aniversário da morte do Negão, bandido que figurou com destaque na crônica policial capixaba.
Para os que não sabem (e para evitar complicações com os sempre alertas e zelosos representantes das associações afrobrasileiras), cumpre-nos explicar que o apelido acima foi criado pelo clamor público que, por alguns anos, sofreu com a audácia e disposição desse marginal, cujo verdadeiro nome era Edmilson Cândido do Rosário e que, devido ao seu porte físico, foi assim batizado pelo povo capixaba.
Negão acabaria morto pela polícia depois de assaltar uma senhora na rua Graciano Neves, centro de Vitória, e tentado a fuga pela rua do Vintém, onde foi cercado e abatido a tiros por um grupo de militares. Na época, a figura do bandido dividiu a opinião pública e o assunto figurou nas manchetes por muito tempo.
Recentemente, foi lançado um DVD produzido por Alaelto Fernandes e Jair Campos Júnior, no qual o mito do Negão é resgatado com entrevistas de amigos, familiares, policiais e jornalistas, entre os quais o autor destas mal traçadas linhas.
Nós, na época em que o indigitado Negão aprontava na cidade, já ocupávamos este espaço e também chefiávamos a Editoria de Polícia aqui de A Tribuna. Por conta disso, acompanhamos de perto toda a sua trajetória pelas veredas do crime na Grande Vitória. O nome de Edmilson Cândido do Rosário apareceu pela primeira vez nos jornais como suspeito de uma tentativa de assalto a uma empresa de ônibus, onde havia sido motorista.
Por mais que alegasse ser inocente (ele afirmava que apenas estava dirigindo um táxi, no qual trabalhava como defensor), acabou preso e, segundo ele, humilhado pelos policiais, que teriam rasgado seus documentos, impossibilitando que voltasse a trabalhar normalmente.
Se isso foi ou não verdade, agora é impossível confirmar. Mas o fato é que, em seus primeiros assaltos, não usava de violência e sempre se preocupava em não machucar as vítimas, sendo muitas vezes até gentil e educado com mulheres e crianças. Muitas dessas vítimas, em depoimentos, deram ênfase a esse ângulo, o que fez os coleguinhas jornalistas, inclusive nós, a se int e ressarem por aquela curiosa figura de bandido urbano. Foi assim que surgiu o Negão, que aparecia, atacava e sumia, sempre envolto numa áurea de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres.
Segundo se comentava, Edmilson teria assaltado caminhões de leite, de carne e de gás para levá-los ao Morro de São Benedito, onde a mercadoria era distribuída à comunidade carente. Como troca, garantia seu esconderijo no morro onde cresceu e onde sua mãe residia há anos. E foi tentando fugir para lá que acabou abatido pela simples razão de, ao tentar escapar pelo mesmo caminho que conhecia há tempos, ter encontrado um prédio em construção que não sabia estar sendo erguido no local. Tentou voltar e encontrou a morte.
Quando isso aconteceu, em agosto de 87, o Negão já era um criminoso frio e violento com mais de cinco homicídios. O documentário ao qual nos referimos acima conta com depoimento do delegado (e ex-deputado estadual) Gilson Lopes, o popular Gilsinho, que também acompanhou de perto as peripécias do bandido.
Para os que não sabem (e para evitar complicações com os sempre alertas e zelosos representantes das associações afrobrasileiras), cumpre-nos explicar que o apelido acima foi criado pelo clamor público que, por alguns anos, sofreu com a audácia e disposição desse marginal, cujo verdadeiro nome era Edmilson Cândido do Rosário e que, devido ao seu porte físico, foi assim batizado pelo povo capixaba.
Negão acabaria morto pela polícia depois de assaltar uma senhora na rua Graciano Neves, centro de Vitória, e tentado a fuga pela rua do Vintém, onde foi cercado e abatido a tiros por um grupo de militares. Na época, a figura do bandido dividiu a opinião pública e o assunto figurou nas manchetes por muito tempo.
Recentemente, foi lançado um DVD produzido por Alaelto Fernandes e Jair Campos Júnior, no qual o mito do Negão é resgatado com entrevistas de amigos, familiares, policiais e jornalistas, entre os quais o autor destas mal traçadas linhas.
Nós, na época em que o indigitado Negão aprontava na cidade, já ocupávamos este espaço e também chefiávamos a Editoria de Polícia aqui de A Tribuna. Por conta disso, acompanhamos de perto toda a sua trajetória pelas veredas do crime na Grande Vitória. O nome de Edmilson Cândido do Rosário apareceu pela primeira vez nos jornais como suspeito de uma tentativa de assalto a uma empresa de ônibus, onde havia sido motorista.
Por mais que alegasse ser inocente (ele afirmava que apenas estava dirigindo um táxi, no qual trabalhava como defensor), acabou preso e, segundo ele, humilhado pelos policiais, que teriam rasgado seus documentos, impossibilitando que voltasse a trabalhar normalmente.
Se isso foi ou não verdade, agora é impossível confirmar. Mas o fato é que, em seus primeiros assaltos, não usava de violência e sempre se preocupava em não machucar as vítimas, sendo muitas vezes até gentil e educado com mulheres e crianças. Muitas dessas vítimas, em depoimentos, deram ênfase a esse ângulo, o que fez os coleguinhas jornalistas, inclusive nós, a se int e ressarem por aquela curiosa figura de bandido urbano. Foi assim que surgiu o Negão, que aparecia, atacava e sumia, sempre envolto numa áurea de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres.
Segundo se comentava, Edmilson teria assaltado caminhões de leite, de carne e de gás para levá-los ao Morro de São Benedito, onde a mercadoria era distribuída à comunidade carente. Como troca, garantia seu esconderijo no morro onde cresceu e onde sua mãe residia há anos. E foi tentando fugir para lá que acabou abatido pela simples razão de, ao tentar escapar pelo mesmo caminho que conhecia há tempos, ter encontrado um prédio em construção que não sabia estar sendo erguido no local. Tentou voltar e encontrou a morte.
Quando isso aconteceu, em agosto de 87, o Negão já era um criminoso frio e violento com mais de cinco homicídios. O documentário ao qual nos referimos acima conta com depoimento do delegado (e ex-deputado estadual) Gilson Lopes, o popular Gilsinho, que também acompanhou de perto as peripécias do bandido.
1970 e poucos: Edmilson Candido do Rosário é preso pela primeira vez após uma batida da polícia numa das favelas de Vitória. Torturado confessa um crime que não cometeu e ao sair das garars da tortura vira o MAIOR BANDIDO do ES( era ele até então apenas um trabalhador, NEGRO E POBRE). |
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