Por Fábio de Castro | Estadão Conteúdo – sex, 20 de fev de 2015
Um grupo de cientistas desenvolveu uma molécula que, segundo eles, é capaz de bloquear em macacos a infecção pelo vírus HIV, que causa a aids. De acordo com os autores do estudo, publicado na quinta-feira, 19, na revista Nature, a descoberta tem potencial para gerar novas terapias e vacinas.
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Scripps (Estados Unidos), em parceria com outras instituições, dizem ter identificado uma maneira de impedir que o HIV infecte as células, empregando a substância com uma abordagem semelhante a uma terapia genética.
Normalmente, o HIV invade as células por meio de dois receptores. A nova molécula - uma proteína chamada cD4-IG - bloqueia os pontos onde o vírus "ancora" nos dois receptores celulares, trancando suas portas de entrada. Como a proteína se liga a ambos os receptores, ela bloqueia mais linhagens do HIV que qualquer outro dos poderosos remédios que têm sido apresentados para incapacitar o vírus.
"A substância é 100% eficaz. É inquestionável que se trata, de longe, do mais amplo inibidor de entrada do vírus disponível", disse Michael Farzan, que coordenou o estudo. Mas a abordagem foi testada até agora apenas em macacos rhesus.
Os cientistas desenvolveram a nova proteína fundindo elementos dos dois receptores nos quais o HIV se liga. Eles injetaram, nos músculos dos braços de quatro macacos, material genético que codifica a proteína, estimulando assim a produção da nova molécula no próprio corpo dos animais. Os pesquisadores então injetaram nos macacos uma versão híbrida do HIV, administrando até quatro vezes a quantidade de vírus necessária para infectar um indivíduo. As proteínas protegeram os macacos por 40 semanas.
De acordo com Farzan, os macacos permaneceram sem infecção mesmo depois de receber uma quantidade de vírus 16 vezes maior que a necessária para infectar um grupo de controle, em experimento realizados depois que o estudo foi finalizado.
Em humanosDe acordo com o cientista, a equipe tem a expectativa de que ensaios clínicos com humanos possam ter início dentro de um ano, depois de mais testes em animais, que já estão em curso. O primeiro passo, segundo Farzan, será fazer uma avaliação da capacidade da molécula para manter baixos os níveis virais em indivíduos soropositivos.
"Nosso objetivo agora é mostrar que a abordagem pode funcionar como terapia", disse ele. O passo seguinte seria testar a eficácia da substância como vacina, em indivíduos que ainda não têm o vírus.
O novo estudo se baseia em uma pesquisa realizada em 2009, que propôs o uso da transferência genética como alternativa a uma vacina convencional para o HIV.
De acordo com o cientista, com a abordagem de terapia genética, a molécula funciona melhor que as vacinas com base em anticorpos. "Nós desenvolvemos uma mimetização direta desses receptores, sem fornecer ao vírus muitas rotas para que ele possa escapar", disse.
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Scripps (Estados Unidos), em parceria com outras instituições, dizem ter identificado uma maneira de impedir que o HIV infecte as células, empregando a substância com uma abordagem semelhante a uma terapia genética.
Normalmente, o HIV invade as células por meio de dois receptores. A nova molécula - uma proteína chamada cD4-IG - bloqueia os pontos onde o vírus "ancora" nos dois receptores celulares, trancando suas portas de entrada. Como a proteína se liga a ambos os receptores, ela bloqueia mais linhagens do HIV que qualquer outro dos poderosos remédios que têm sido apresentados para incapacitar o vírus.
"A substância é 100% eficaz. É inquestionável que se trata, de longe, do mais amplo inibidor de entrada do vírus disponível", disse Michael Farzan, que coordenou o estudo. Mas a abordagem foi testada até agora apenas em macacos rhesus.
Os cientistas desenvolveram a nova proteína fundindo elementos dos dois receptores nos quais o HIV se liga. Eles injetaram, nos músculos dos braços de quatro macacos, material genético que codifica a proteína, estimulando assim a produção da nova molécula no próprio corpo dos animais. Os pesquisadores então injetaram nos macacos uma versão híbrida do HIV, administrando até quatro vezes a quantidade de vírus necessária para infectar um indivíduo. As proteínas protegeram os macacos por 40 semanas.
De acordo com Farzan, os macacos permaneceram sem infecção mesmo depois de receber uma quantidade de vírus 16 vezes maior que a necessária para infectar um grupo de controle, em experimento realizados depois que o estudo foi finalizado.
Em humanosDe acordo com o cientista, a equipe tem a expectativa de que ensaios clínicos com humanos possam ter início dentro de um ano, depois de mais testes em animais, que já estão em curso. O primeiro passo, segundo Farzan, será fazer uma avaliação da capacidade da molécula para manter baixos os níveis virais em indivíduos soropositivos.
"Nosso objetivo agora é mostrar que a abordagem pode funcionar como terapia", disse ele. O passo seguinte seria testar a eficácia da substância como vacina, em indivíduos que ainda não têm o vírus.
O novo estudo se baseia em uma pesquisa realizada em 2009, que propôs o uso da transferência genética como alternativa a uma vacina convencional para o HIV.
De acordo com o cientista, com a abordagem de terapia genética, a molécula funciona melhor que as vacinas com base em anticorpos. "Nós desenvolvemos uma mimetização direta desses receptores, sem fornecer ao vírus muitas rotas para que ele possa escapar", disse.
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