Páginas

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CUIDADOS COM OS ACIDENTES COM NOSSOS OSSOS!


Entorses, Luxações e Fraturas



         Quedas, pancadas e encontrões podem lesar nossos ossos e articulações (sistema osteoarticular) e provocar entorses, luxações ou fraturas.

       entorses luxacao


Entorses 

Os ossos do esqueleto humano estão unidos uns aos outros pelos músculos e as superfícies de contato são mantidas por meio dos ligamentos. Quando há um movimento brusco, pode ocorrer estiramento e até ruptura dos ligamentos, o que chamamos de entorse.
A vítima de entorse sente dor intensa na articulação afetada, que depois apresenta edema (inchação); se houve rompimento de vasos sanguíneos, a pele da região pode imediatamente apresentar manchas arroxeadas.
Caso no local afetado apareça mancha escura 24 ou 48 horas após o acidente, pode ter havido fratura; procure atendimento médico imediatamente! 
As entorses mais comuns são as de punho, de joelho e tornozelo.
No atendimento a qualquer entorse, deve-se: 
  • Colocar gelo ou compressas frias no local, antes protegendo a parte afetada com um pano limpo ou uma gaze, para evitar geladuras na pele.
  • Imobilizar a articulação afetada por meio do enfaixamento, usando ataduras ou lenços. A imobilização também pode ser a mesma que se faz no caso de fratura fechada.
Depois da imobilização, a vítima deve ser encaminhada para atendimento médico. É importante lembrar que durante algum tempo ela não deve usar a articulação machucada. A aplicação de gelo ou de compressas frias no local, sempre com a pele protegida, precisa continuar nos dias seguintes ao acidente. Adotando esses procedimentos, a recuperação geralmente acontece em uma semana. Isso se não houver outras compliações, como derrame interno, ruptura de ligamentos ou mesmo fratura.


Luxações 

Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum ocorrer junto com a luxação uma fratura.
Pricipais sinais e sintomas de luxação: 
  • dor intensa
  • deformação no nível da articulação
  • impossibilidade de movimentos
  • aparecimento de hematoma
O socorrista deve imobilizar a articulação luxada sem, no entando, tentar colocá-la no lugar. Esse tipo de imobilização também se dá da mesma forma que na fratura fechada. Em seguida será necessário encaminhar a vítima para atendimento médico.


Fraturas 

Esse é um tipo de lesão em que ocorre a quebra de um osso. Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de entorse e luxação sejam atendidas como possíveis fraturas.
Sinais e sintomas de fratura: 
  • dor intensa
  • deformação do local afetado, se comparado com a parte normal do corpo
  • incapacidade ou limitação de movimento
  • edema (inchação) no local afetado
  • cor arroxeada no edema se ocorrer rompimento de vasos e acúmulo de sangue sob a pele (hematoma)
  • crepitação, ou seja, sensação de um ruído provocado pelo atrito entre as partes fraturadas do osso, quando se toca o local afetado
A fratura pode ser fechada (interna) ou aberta (exposta).

Fratura fechada: Ocorre quando não há rompimento da pele.
Fratura aberta: A fratura é aberta ou exposta quando o osso perfura a pele. Nesse caso, proteja o ferimento com gaze ou um pano limpo antes de qualquer outro procedimento, para impedir o contato de impurezas que favoreçam uma infecção.
Depois de cobrir o local afetado, procure socorro médico, muito importante nesses casos, pois é necessária a palpação do pulso abaixo da fratura. A providência seguinte é a imobilização.
Procedimentos para imobilizar uma fratura: 
  • Não tente colocar o osso "no lugar". Movimente-o o menos possível e mantenha-o na posição natural, sem causar desconforto para a vítima;
  • Se encontrar resistência no membro fraturado, imobilize-o na posição em que se encontra;
  • Improvise talas com o material disponível no momento (uma revista, caixa de papelão, madeira, galhos de árvore, guarda-chuva, jornal dobrado, etc.). O comprimento das talas deve ultrapassar as articulações acima e abaixo do local da fratura e sustentar o membro atingido;
  • Envolva as talas com panos ou qualquer outro material macio a fim de não ferir a pele;
  • Amarre as talas com tiras de pano em torno do membro fraturado. Não amarre no local da fratura!
Para imobilizar uma perna, é necessário utilizar duas talas longas, que devem atingir o joelho e o tornozelo, de modo a impedir qualquer movimento dessas articulações.
Uma vítima com a perna fraturada não deve caminhar. Se for necessário transportá-la, improvise uma maca e solicite a ajuda de alguém para carregá-la.
Ao imobilizar braços ou pernas, deixe os dedos visíveis, de modo a verificar qualquer alteração. Se estiverem inchados, roxos ou dormentes, as tiras que amarram as talas devem ser afrouxadas. Em alguns casos, como na fratura de antebraço, por exemplo, deve-se providenciar uma tipóia.
Como fazer uma tipóia: 
  • Dobre um lenço em triângulo;
  • Envolva o antebraço da vítima no lenço, prendendo as pontas atrás do pescoço.
As fraturas de clavícula, omoplata ou braço, bem como lesões nas articulações do ombro ou do cotovelo, exigem outro tipo de imobilização.
Para fazer essa imobilização: 
  • Coloque o braço fraturado da vítima na frente do peito;
  • Sustente o braço com um pano triangula, presa atrás da nuca;
  • Em torno do tórax, amarre duas ataduras (ou um pano triangular), para maior firmeza.
Essa manobra de imobilização pode ser improvisada com a roupa da própria vítima e uma atadura circular.

Fraturas especiais
Há casos que exigem cuidados especiais. São as fraturas de coluna, costela, bacia e fêmur.
Sinais e sintomas de fraturas especiais: 
  • Fratura de coluna - dor no local, perda de sensibilidade, formigamento e perda de movimento dos membros (braços e/ou pernas);
  • Fratura de costelas - respiração difícil, dor a cada movimento respiratório;
  • Fratura de bacia ou fêmur - dor no local, dificuldade para movimentar-se e para ficar em pé.
Se houver suspeita de uma dessas fraturas, deve-se: 
  • Manter a vítima imóvel e agasalhada;
  • Observar a respiração e verificar o pulso ou os sinais de circulação;
  • Fazer massagem cardíaca e ventilação boca-a-boca, se considerar necessário;
  • Evitar mexer na posição da vítima e providenciar o rápido transporte par um hospital ou pronto-socorro.
Se houver suspeita de lesão na coluna cervical, é importante que a vítima seja removida deitada e com o pescoço imobilizado. 
Nem sempre é fácil identificar uma fratura. Quando ocorrer um acidente, após prestar os primeiros socorros, o socorrista deve encaminhar a vítima ao médico, que poderá solicitar uma radiografia para confirmar o diagnóstico.
Antes de depois de imobilizar, verifique sempre se há pulso na artéria (essa verificação deve ser feita na extremidade da parte atingida do corpo).

Nenhum comentário:

Postar um comentário