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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Friboi se tornou gigante com R$ 10 bilhões do BNDES e agora faz doações milionárias a partidos


Doadores milionários para campanhas eleitorais não tornam os políticos reféns e parciais em beneficiar as tais em época de governo? Ou será que as empresas doam quantias milionárias só para praticar filantropia? E políticos gastando quantias quase bilionárias para se eleger. Coisa que nem em todo o período de seu governo vai arrecadar de volta com seus salários e benefícios. Será que vão pagar para trabalhar para o povo? Porque só com o salário o prejuízo vai ser grande.
Aí fica fácil, não?
Quem esta por trás da dita cuja Friboi?
Maior processadora de carnes do mundo, a JBS –mais conhecida pela marca Friboi–, é a empresa que mais distribuiu dinheiro a partidos e candidatos nestas eleições até agora, com R$ 51 milhões em doações, segundo dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os números referem-se à primeira parcial de doações. Até a realização do pleito, em 5 de outubro, haverá uma segunda parcial. Os números consolidados com o total de doações só serão divulgados em novembro, após a realização do segundo turno.
O montante doado neste ano, entretanto, já supera de longe o que a JBS distribuiu ao todo em 2010: R$ 30 milhões. Naquele pleito, o grupo já figurava entre as dez maiores doadoras de campanha.
PMDB
José Batista Júnior, o Júnior Friboi, um dos irmãos que são donos do conglomerado, filiou-se ao PMDB no ano passado. Era cotado para disputar o governo de Goiás, mas foi preterido por Íris Rezende.
R$ 10 BILHÕES DO BNDES
Ascensão meteórica
A trajetória da Friboi, empresa pouco conhecida até meados da década passada, coincide com a chegada do PT ao poder.
Mais do que mera coincidência, na realidade, o crescimento do grupo está diretamente relacionado com uma política declarada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de eleger “campeãs nacionais”, empresas líderes de setores considerados estratégicos, e torná-las gigantes internacionalmente, como ocorreu com a Oi e com as empresas de Eike Batista.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), banco público cuja finalidade é estimular a infraestrutura do país, foi o instrumento utilizado para aplicar tal política. Entre 2005 e 2013, a JBS recebeu empréstimos de R$ 2,1 bilhões do banco, segundo o próprio BNDES.
O valor é equivalente a cinco vezes o que foi emprestado ao Corinthians para a construção do Itaquerão (R$ 400 milhões).
O maior aporte de recursos do BNDES na JBS, entretanto, ocorreu por meio da compra de papéis do grupo: R$ 8,5 bilhões. Hoje, o banco detém 24,6% do capital do grupo. Neste período de parceria com o BNDES, a JBS tornou-se o maior frigorífico do mundo, comprando mais de 20 grandes empresas nacionais e internacionais do setor. Em 2013, o volume de vendas da JBS chegou a R$ 93 bilhões.
A política é criticada por concorrentes da JBS e até pela CNA (Confederação Nacional da Agricultora e Pecuária), que veem cartel na prática, embora o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não veja irregularidades.
Questionada sobre se há conflito ético em receber altas quantias de um banco público e ser campeã de doações eleitorais, a JBS respondeu: “Todas as doações são registradas e seguem as regras do TSE, não havendo por isso qualquer tipo de conflito de interesse.” (Fonte: Click Uol/pelo Jornalista Guilherme Balza, com edição de Revolta Brasil)




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