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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

VULNERABILIDADE SOCIAL





Extraído de: Ministério Público do Estado do Acre  - 28 de Setembro de 2012

MP apoia centros de assistência a pessoas com vulnerabilidade social e direitos violados em Rio Branco

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Unidade de Atendimento, Creas e Centro POP pretendem reabilitar indivíduos para que eles possam usufruir de convívio social adequado
Construção de novas trajetórias de vida. Isso foi o que motivou os avanços significativos na execução e oferta de políticas sociais alcançados ontem (27), por meio da inauguração de três unidades de atendimento social em Rio Branco: a Unidade de Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas; o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas/ Capoeira); e o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua. O objetivo é consolidar a proteção social aos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social e risco, além da violação dos direitos. Os dispositivos são uma realização do Programa do Governo Federal ‘Crack, é Possível Vencer’.
"Estamos construindo um Sistema Único de Assistência Social. O caminho é avançar no trabalho preventivo com uma atuação integrada entre as instituições do poder público, privado e a comunidade", afirma a diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria Nacional de Assistência Social, Telma Gomes.
As ações desenvolvidas pela Unidade e pelos Centros integram-se às políticas públicas no âmbito da saúde, educação, previdência social, economia solidária, moradia, acolhimento institucional, segurança pública, entre outras. "Programas efetivamente humanísticos com o fortalecimento da União, dos estados e municípios propicia um trabalho mais dinâmico e eficiente na reabilitação de uma pessoa para que ela possa ter um convívio social digno", afirma o coordenador do Comitê Estadual de Gestão do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, secretário estadual de Segurança Pública Ildor Reni.
Procurador de Justiça acredita que os trabalhos desenvolvidos pelos Centros serão de excelência
Rio Branco conta, a partir de agora, com dois Creas: um no centro da capital acreana, outro recém-inaugurado no Bairro Capoeira. "Fazer o bem, qualquer pessoa pode fazer. Mas fazer com vontade de fazer e realizar com amor é para poucos", afirma o coordenador criminal do MP/AC, procurador de Justiça Oswaldo D’Albuquerque, ao destacar o trabalho desenvolvido para que os Centros pudessem funcionar devidamente. "Tudo é resultado de um trabalho árduo. É uma satisfação muito grande ver a concretização de um trabalho que não é recente e que o Ministério Público tem satisfação de ser parceiro". E acrescenta: "Com as dificuldades estruturais que existiam já se prestava um serviço de qualidade, agora, no entanto, será um serviço de excelência".
O Creas funciona como unidade estatal de proteção social especial do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). É responsável pela oferta de serviços especializados de caráter continuado para famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social e violação dos direitos.
"Quanto maior o número de denúncias, maior a demanda"
No Centro de Referência, serão atendidos crianças e adolescentes vítimas de abuso ou violência sexual, tráfico de pessoas, trabalho infantil, maus tratos, negligência, bem como idosos, mulheres e pessoas com deficiência que tiveram seus direitos violados. De acordo com o diretor de Proteção Social e Especial da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, Fábio Fabrício, foram os dados relativos à violência sexual que despertou a idealização dos Centros de Referência no município. "A população está denunciando; e quanto maior o número de denuncias, maior a demanda".
O Centro POP, anexo às instalações do Creas/Capoeira, é uma Unidade de Referência da Proteção Social Especial de Média Complexidade e de caráter público estatal. A intenção é construir perspectivas que diminuam significativamente o ato infracional, crimes contra vulneráveis e a violação dos direitos.
O Ministério Público atua nessa condição, por meio da condução na execução dos trabalhos, fiscalização, articulação com outros órgãos estaduais e municipais etc. "O MP tem um papel fundamental principalmente no reconhecimento do status jurídico de que a pessoa que está na rua em situação de vulnerabilidade é tida como um usuário, não como um traficante. Deve haver encaminhamentos diferenciados", enfatiza Fábio Fabrício.
Um Centro de Referência de fato
A secretária municipal de Cidadania e Assistência Social, Estefânia Pontes, acredita que o trabalho realizado pelos Centros vai garantir um atendimento mais eficiente às famílias que tenham algum tipo vulnerabilidade ou violação de direitos. "A impotência na ajuda ao usuário, além de atingir o próprio ‘drogadito’, alcança os familiares e os gestores do poder público também. Porém, hoje podemos dizer que o Centro de Referência é referência no atendimento assistencial", acrescenta. A secretária também esclarece que o Creas e o Centro POP são equipamentos públicos oriundos de Política Pública para consolidar a Rede de Atendimento na proteção social especial.
O Centro POP desempenha um papel importante no alcance dos objetivos da Política Nacional para a População em Situação de Rua. "É um centro de triagem das demandas da população de rua, que vai aprimorar a implementação de políticas de atendimento", explica Fábio Fabrício.
"Temos que buscar novas alternativas", diz Raimundo Angelim
Em 2011, foram identificadas pela Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, um total de 118 pessoas em situação de rua. Em 2012, (janeiro a julho), os dados apontaram um total de 82 pessoas. "Era necessário a implantação de um serviço específico para essa população, pois ainda temos um número significativo de pessoas nessa condição", destaca o diretor de Proteção Social e Especial, Fábio Fabrício.
No evento de inauguração dos Centros, o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, parafraseou um poeta amazonense no seu discurso. "Se não temos um novo caminho, podemos ter um jeito novo de caminhar". Com essa citação, o prefeito contextualizou com a concretização do projeto, argumentando que a falta de recursos não pode ser desculpa para o gestor público não elaborar e executar projetos sociais. "Temos que buscar novas alternativas", reafirma.
Também participaram do evento, que contou com a presença de representantes do Governo Federal, Governo do Estado, Prefeitura de Rio Branco, Ministério Público do Estado do Acre, entre outras instituições atreladas a questões assistenciais, a secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, Deise Benedito; a representante do gabinete da Presidência, Janira Borja; o coordenador adjunto de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Leon Garcia; o coordenador de Defesa da Infância e Juventude do MP/AC, procurador de Justiça Carlos Maia; o secretário municipal de Saúde, Osvaldo leal; e autoridades religiosas.
Atendimento funcional
A Unidade de Acolhimento é composta por equipes de multiprofissionais que prestarão assistência integral aos usuários. Como ramo de atuação da Rede de Atenção Psicossoccial, a Unidade se destina a usuários de crack, álcool e outras drogas, atendendo homens e mulheres acima de 18 anos de idade. Dessa forma, abriga e acompanha pessoas em situação de vulnerabilidade social e familiar, que demandam acompanhamento terapêutico e protetivo. O dispositivo funcionará 24 horas por dia. O usuário pode permanecer nele em períodos que variam de um a seis meses, de acordo com a Portaria/GM nº 121 de 25 de janeiro de 2012. O gerenciamento da Unidade de Acolhimento é fruto da parceria da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco com a Central de Articulação das Entidades de Saúde (Cades). A Secretaria efetuará a avaliação e monitoração, assessorando as atividades desenvolvidas pelos profissionais da Unidade.
Durante os dias da semana, os Centros de Referência também vão funcionar o dia inteiro. Aos finais de semana, grupos de abordagem social realizarão atendimento in loco à população, juntamente com a Polícia Militar e a equipe do Consultório na Rua. "Onde essas pessoas estiverem, terá uma equipe operacional que vai a campo fazer o atendimento", conta Fábio Fabrício.
A Rede de Atenção Psicossocial perpassa por instituições governamentais e não governamentais. São elas: Conselho Estadual de Entorpecentes (CONEN), Conselho Municipal de Atenção às Drogas (COMAD), Associação de Parentes e Amigos dos Dependentes Químicos (APADEQ), Associação Arco-Íris, Caminho de Luz, Desafio Jovem Peniel, Jovens com uma missão (Jocum), Alcoólicos Anônimos (AA), entre outras que atuam no tratamento da dependência química.

Direito violado" em Legislação

-se sempre que as pessoas deficientes tiverem seus direitos violados ou forem vítimas de
discriminação, podendo para tanto, valer-se de todos os meios legais
Camara municipal de Rio Grande do Sul
Social prestarão Serviços Especializados a indivíduos e famílias com seus direitos violados. Art.
4º Os novos CREAS citados no art. 1º deste Decreto
Camara municipal do Rio de janeiro
a seguir: - Desenvolver ações especializadas e continuadas com indivíduos e famílias com seus
direitos violados; - articular os serviços de média e alta
Camara municipal do Rio de janeiro

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