infecção da coluna
infecção da coluna
As infecções da coluna podem er agudas ou crónicas. As infecções agudas são mais frequentemente piogénicas enquanto as infecções crónicas podem ser secundárias a doença piogénica, fúngica ou granulomarosa.
A osteomielite vertebral representa 2% a 7% de todos os casos de osteomielite e é uma causa rara, mas significativa, de dor lombar. Metade dos doentes afectados têm mais de 50 anos e dois terços são homens.
A causa mais frequente é a infecção do tracto urinário, mas qualquer fonte de infecção (por ex., abcesso dentário, pneumonia) pode infectar a coluna. Doentes diabéticos e imunossuprimidos estão em maior risco
história
O sintoma de apresentação é uma dor lombar localizada que se agrava com a actividade e segurar em pesos. Os doentes frequentemente referem uma dor intensa que se alivia apenas quando se deitam. Em 60% dos doentes observam-se sinais radiculares e em 29% sinais medulares.
A febre, calafrios, cefaleias e doença sistémica estão presentes em graus variáveis. A infecção crónica associa-se muitas vezes com perda de peso e fadiga e são frequentes a febre e suores nocturnos.
exame objectivo
A dor é geralmente bem localizada e pode reproduzir-se por palpação ou percussão no nível atingido. Uma dor forte pode ser desencadeada apenas por mandar o doente sentar-se ou mudar de posições. Se existe colapso da vértebra, pode detectar-se cifose focal. Os sinais neurológicos devem ser cuidadosamente procurados.
exames diagnósticos
A VS (o exame mais sensível) está aumentada em 90% dos doentes com infecção e pode ser o único achado laboratorial anormal. O nível de proteína C-reactiva também está habitualmente elevado, mas 40% dos doentes com infecção tem um número de leucócitos normal.
Outros exames laboratoriais são tipicamente normais. Deve realizar-se uma prova tuberculínica, com controlos adequados, em doentes de risco (isto é, emigrantes de áreas com doença endémica) doentes imunossuprimidos, negros não hispânicos e doentes com exposição conhecida). Devem realizar-se hemoculturas em qualquer doente que tenha febre elevada, calafrios ou arrepios
imagiologia
Os achados radiológicos característicos de osteomielite não são evidentes durante, pelo menos, 4 a 8 semanas. O estreitamento do espaço intervertebral é o achado radiológico mais precoce e consistente, mas é inespecífico. A RMN é tão fiável e sensível como a cintigrafia (sensibilidade 96%, especificidade 93%, fiabilidade 94%), e permite distinguir a doença degenerativa e neoplásica da osteomielite vertebral. O abcesso epidural ocorre em 10% das infecções vertebrais) e, no entanto, a situação não é diagnosticada na avaliação inicial em 50% dos doentes afectados.
Os doentes referem inicialmente dor localizada na coluna, seguida de dor radicular, fraqueza e, por fim, paralisia. Em 12% a 30% dos doentes existe uma história de traumatismo a preceder a infecção. Os achados radiográficos são frequentemente equívocos e a RM é o exame indicado.
A sensibilidade da RMN é aumentada pela injecção de gadolinium.
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